Matias Aires

sábado, 28 de outubro de 2017

(publicado originalmente na página da Academia Peruibense de Letras no Facebook)

Matias Aires da Silva de Eça, conhecido como Matias Aires, foi escritor e filósofo moralista - o primeiro filósofo nascido no Brasil. Nasceu na cidade de São Paulo em 1705, filho de um bem sucedido comerciante português, com boas relações com a coroa e a corte portuguesa. Fez seus estudos básicos em um colégio jesuíta de São Paulo. Em 1716 sua família volta para Portugal, onde Matias conclui seus estudos de artes e filosofia na universidade de Coimbra.

Entre 1728 e 1733 Matias Aires mora em Paris, onde estuda direito civil e canônico na universidade de Sorbonne. Durante sua estadia na França, Matias Aires tem contato com a cultura francesa, principalmente a filosofia, lendo autores como Voltaire, D'Alembert e Diderot entre outros. De volta a Portugal, torna-se sucessor de seu pai no cargo que este ocupava, casa-se e tem dois filhos. Com a morte de seu pai, divide com sua irmã - também escritora - a grande fortuna da família.

A partir de então, Matias Aires passa a dedicar-se às atividades literárias e à tradução dos clássicos latinos. Em 1752 publica sua mais conhecida obra "Reflexões sobre a vaidade dos homens", obra filosófico moralista, baseada na famosa frase do Eclesiastes "Vanitas vanitatum et omnia vanitas" (Vaidade das vaidades, tudo é vaidade). A obra lançada na maturidade do autor reflete a experiência de toda sua vida e trata principalmente da vaidade, do amor e do ceticismo. No livro, Matias Aires coloca a vaidade como principal aspecto da vida humana, sem, no entanto, chegar a definir exatamente esse sentimento. Dá a entender que a vaidade seja um impulso que faz o homem viver de aparências, mentiras, ilusões e autoenganos.

Apesar de ter tido contato com o iluminismo francês do século XVIII, Matias Aires é um autor bastante influenciado pelos moralistas franceses do século XVII, como Bossuet e La Bruyère, e pensadores como Pascal (1623-1662) e Hobbes (1588-1679). Aires não compartilha a visão otimista do homem dos iluministas, tendo uma visão pessimista sobre o ser humano, próxima do calvinismo. De sua obra "Reflexões sobre a vaidade dos homens" (Martins Fontes, 1993), destacamos as seguintes passagens:

"Sendo o termo de vida limitado, não tem limite a nossa vaidade; porque dura mais do que nós mesmos e se introduz nos aparatos últimos da morte." (Fragmento 1);

"Acabam os heróis e também acabam as memórias de suas ações; aniquilam-se os bronzes, em que se gravam os combates; corrompem-se os mármores, em que se esculpem os triunfos; e apesar dos milagres da estampa, também se desvanecem as cadências de prosa, em que se descrevem as empresas, e se dissipam as harmonias do verso, em que se depositam as vitórias; tudo cede à voracidade cruel do tempo." (Fragmento 28);

"Só a vaidade sabe dar existência às coisas que a não têm, e nos faz idólatras de uns nadas, que não têm mais corpo que o que recebem do nosso modo de entender, e nos induz a buscarmos esses mesmos nadas, como meios de nos distinguir; sendo que nem Deus, nem a natureza nos distinguiu nunca." (Fragmento 49);

"O aplauso é o ídolo da vaidade, por isso as ações heroicas não se fazem em segredo, e por meio delas procuramos que os homens formem de nós o mesmo conceito que nós temos de nós mesmos. Raras vezes fomos generosos só pela generosidade, nem valorosos só pelo valor. A vaidade nos propõe que o mundo do todo se aplica em registrar os nossos; para este mundo é que obramos; por isso há muita diferença de um homem a ele mesmo; posto no retiro é um homem comum, e muitas vezes ainda com menos talento que o comum dos homens; porém posto em parte donde o vejam, todo é ação, movimento e esforço." (Fragmento 68);

"Vemos as coisas pelo modo com que as podemos ver, isto é, confusamente, e por isso quase sempre as vemos como elas não são." (Fragmento 79);

"Tudo quanto vemos, é como por uma interposta nuvem; o que imaginamos, também é como por entre o embaraço de mil princípios diferentes, incertos e duvidosos; e quando nos parece que a nossa vista rompeu a nuvem, e que o nosso discurso desfez o embaraço, então é que estamos cegos, e então é que erramos mais." (Fragmento 79);

"Que coisa é a ciência humana, senão uma humana vaidade? Quem nos dera que assim como há arte para saber, a houvesse também para ignorar; e que assim como há estudo que nos ensina a lembrar, o houvesse também que nos ensinasse a esquecer." (Fragmento 83);

"Contra o nosso parecer, nunca achamos dúvida bastante; contra o dos outros sim. A vaidade é engenhosa em glorificar tudo o que vem de nós, e em reprovar tudo o que vem dos outros." (Fragmento 121);

"Os homens mais facilmente se mudam do que se emendam; quem muda é o tempo, a ciência não. Comumente o que nos faz deixar os vícios, é a impossibilidade de os conservar; e ainda então o que perdemos é o uso deles, e não a vontade." (Fragmento 125);


(Imagem: pintura de Pieter Claesz)

O impacto das mudanças climáticas no litoral brasileiro

sábado, 21 de outubro de 2017
"A tradição é rotina. Mas ela é rotina que é intrinsecamente significativa, ao invés de um hábito por amor ao hábito, meramente vazio."   -   Anthony Giddens   -   As consequências da modernidade

O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) publicou recentemente o relatório "Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades brasileiras às mudanças climáticas" (disponível em: https://drive.google.com/file/d/0Bxchau3sCq6keVYwZFI3TFoxWGs/view), apontando os diversos efeitos que o fenômeno terá sobre o litoral do país. O aumento do nível das águas do mar e seu efeito sobre a infraestrutura urbana e áreas vizinhas, deverá ser percebido nitidamente a partir da segunda metade deste século.

Suzana Kahn, presidente do PBMC, em declaração ao jornal Folha de São Paulo, apontou a gravidade do fenômeno: "Está bem ruim mesmo. A situação está difícil, mas a função do relatório é apontar os cenários que podem acontecer." O PBMC, criado em 2009 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Ministério do Meio Ambiente, reúne especialistas que se dedicam ao estudo dos impactos das mudanças do clima em várias áreas, como infraestrutura, economia, urbanismo, etc.

O litoral do Brasil tem 8.698 quilômetros de extensão e área de 514 mil quilômetros quadrados. Ao longo da costa se alinham aproximadamente 400 municípios de diversos tamanhos, que com diversas atividades econômicas, como a pesca, o turismo, portos, indústrias, exploração de petróleo e centros administrativos, entre outros, respondem por 30% do PIB brasileiro e concentram 60% da população. A preocupação dos especialistas tem fundamento, já que 18 das 42 regiões metropolitanas brasileiras estão estabelecidas na região costeira ou então são diretamente influenciadas por ela: Macapá, Belém, São Luiz, Fortaleza, Natal, Aracaju, Maceió, João Pessoa, Recife, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro, Vale do Paraíba/Litoral Norte de São Paulo, Baixada Santista, Joinville, Foz do Itajaí, Florianópolis e Porto Alegre.

Segundo os especialistas, o nível das águas do Atlântico deverá elevar-se em 20 cm. a 30 cm. até o final de século na costa brasileira (existem dados mais pessimistas falando em 80 cm.). O impacto dessa elevação será percebido gradualmente, mas criando a necessidade de realocar bairros inteiros, alterar e reforçar a infraestrutura (transportes, eletricidade, saneamento) e preparar as cidades para outras emergências climáticas. Nessa situação, as cidades mais prejudicadas serão aquelas que terão menos recursos financeiros e capacidade de planejamento. 

Segundo o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, o país já dispõe de um "Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima", que fornece diversos dados sobre o fenômeno climático e relaciona medidas importantes para que o país possa fazer face a estas mudanças. Em 2015, a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e cientistas americanos e ingleses, já haviam realizado um estudo sobre os efeitos do aumento do nível do mar, focado na região da cidade de Santos, em São Paulo.

Sendo assim, não faltam dados e indicações, para que cidades litorâneas de todo o Brasil deem início ao planejamento de ações concretas para proteger as cidades. No entanto, segundo Carlos Rittl, o plano ainda não começou a sair do papel. Para o secretário, o Brasil está retrocedendo em suas políticas ambientais e climáticas. Pressões de grupos econômicos, apoiados por bancadas de congressistas, estão propiciando o aumento de desmatamento e a implantação de projetos que contribuirão ainda mais para destruir os recursos naturais do país.
(Imagens: pinturas de Gustave Courbet)

Ferreira Gullar

sábado, 14 de outubro de 2017


(publicado originalmente na página da Academia Peruibense de Letras no Facebook)

Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira Gullar (1930-2016), foi escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta. Na década de 1950, participou do movimento da poesia concreta, tendência estética que reunia artistas plásticos e poetas, das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Ao final da década afastou-se do movimento, para junto com outros artistas criar o neoconcretismo, que dava mais valor à subjetividade. No início dos anos 1960 abandona o neoconcretismo para dedicar-se a uma poesia politicamente engajada.

Tendo entrado para o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e tendo militância política, Ferreira Gullar acabou preso. Exilou-se e foi viver na União Soviética, Chile, França e Argentina entre 1971 e 1977, quando é absolvido em processo no Superior Tribunal Federal e pôde retornar ao Brasil. Durante sua permanência na Argentina escreveu sua mais conhecida obra, "Poema Sujo" (1976).

De volta ao Brasil Ferreira Gullar dedicou-se à atividade de crítico de arte e jornalista, além da poesia, tendo ganho vários prêmios, como "Premio Jabuti de Melhor Livro de Ficção" em 2007 e o "Prêmio Camões" em 2010, atribuído aos maiores escritores da língua portuguesa. Em dezembro de 2014 toma posse na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 37, cujo patrono é o inconfidente e poeta mineiro Tomás Antonio Gonzaga.

De sua extensa produção poética destacam-se "Luta Corporal" (1954), "Dentro da Noite" (1975), "Poema Sujo" (1976) e "Em Alguma parte Alguma (2010). Além desses, Gullar também escreveu textos para o teatro ("Um rubi no umbigo", 1979), memórias ("Rabo de Foguete - os anos do exílio", 1998), biografias ("Nise da Silveira: uma psiquiatra rebelde", 1996) e ensaios ("Argumentação contra a morte da arte", 1993 entre outros). 

De sua antologia antologia poética, destacamos "Poemas Escolhidos" (Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1989), de onde reproduzimos os trechos de poemas abaixo:

Em verdade, é desconcertante para
os homens o
trabalho das nuvens.
Elas não trabalham
acima das cidades: quando
há nuvens não há
cidades: as nuvens ignoram
se deslizam por sobre
nossa cabeça: nós é que sabemos que
deslizamos sob elas: as
nuvens cintilam, mas não é para o coração dos homens.

(Do poema "O trabalho das nuvens", publicado em "A luta corporal").


Não se trata do poema e sim do homem
e sua vida
- a mentida, a ferida, a consentida
vida ganha e já perdida e ganha
outra vez.
Não se trata do poema e sim da fome
de vida,
              o sôfrego pulsar entre constelações
e embrulhos, entre engulhos.
                                             Alguns viajam, vão
a Nova York, a Santiago
do Chile. Outros ficam
mesmo na Rua da Alfândega, detrás
de balcões e guichês.

(Do poema "A vida bate", publicado em "Dentro da noite veloz").


Espalharam por aí que o poema
é uma máquina
                        ou um diadema
que o poema
repele tudo que nos fale à pele
e mesmo a pele
de Hiroxima
que o poema só aceita
a palavra perfeita
ou quando muito aceita a palavra neutra
pois quem faz o poema é um poeta
e quem lê o poema, um hermeneuta.

(Do poema "Boato", publicado em "Dentro da noite veloz")

(Ilustração: fotografia de Ferreira Gullar)

Eficiência energética no Brasil

sábado, 7 de outubro de 2017
"A substância de que é feito o mundo se simplificou drasticamente nos últimos anos. O mundo, as partículas, a energia, o espaço e o tempo, tudo isso é apenas a manifestação de um  único tipo de entidade: os campos quânticos covariantes."   -   Carlo Rovelli   - A realidade não é o que parece

O Brasil não dispõe de dados recentes sobre investimentos realizados em eficiência energética. Uma das dificuldades é o fato de que muitas vezes tomam-se medidas que reduzem o consumo de energia - troca de lâmpadas e de motores elétricos, por exemplo - sem que estas providências sejam classificas especificamente como sendo ações de eficiência energética. As iniciativas muitas vezes são pontuais, não refletindo uma real preocupação em, de uma maneira planejada e constante, reduzir o consumo de energia do empreendimento ou imóvel.

Apesar de já existir informação suficiente disponível e do tema ser bastante atual, ainda mais em tempos de crise econômica quando as empresas precisam reduzir os seus custos, ainda são poucas as iniciativas planejadas de redução do consumo de energia. Alguns fatores, segundo os próprios empresários contribuem para o reduzido número de iniciativas nesta área:

a) Instabilidade econômica, com redução de consumo, dificulta o planejamento de um orçamento para investimentos, incluindo projetos de redução de consumo de energia;

b) A relativa elasticidade dos preços, mais acentuada em períodos de inflação, permite com que todos os custos sejam incorporados ao preço do produto e do serviço. Assim, eventuais aumentos nas contas de energia, gás e óleo, são incluídos na planilha de custo de produção do produto ou execução do serviço;

c) A falta de uma efetiva competição na maioria dos mercados da economia brasileira. Por um lado, existem mercados oligopolizados, onde os poucos concorrentes não aumentarão sua participação no mercado reduzindo custos de energia. Nos mercados não oligopolizados, a diferenciação por marca, qualidade, disponibilidade de outros concorrentes (regionais ou nacionais), faz com que uma pequena redução dos custos de produção não faça diferença.

Em suma, em segmentos onde os custos de energia não representam um componente importante do produto ou serviço, a eficiência energética ainda não é prioridade no planejamento estratégico das empresas.  

Não é por outra razão, que a elaboração de um projeto específico para reduzir o consumo de energia ainda é bastante desconhecido e pouco implantado, fora do âmbito das grandes empresas ou empresas cujos processos são eletrointensivos. Na situação atual, projetos de eficiência energética podem incluir, por exemplo:

- A compra e distribuição de geladeiras de baixo consumo de energia, feita pelas companhias de distribuição de energia, para pessoas de baixo poder aquisitivo. Estas empresas são obrigadas por lei a destinarem 0,25% de seu faturamento a projetos de eficiência energética;

- A implantação de placas de energia solar térmica, para aquecimento de água usada em processos de produção industrial;


- A colocação de painéis de energia solar fotovoltaica para gerar excedente de energia em industrias;

- Projetos de iluminação pública com diodos LED, parcialmente financiados pelo Banco Mundial e implementados em médias e pequenas cidades brasileiras; entre outros.

Os dados sobre investimentos específicos em eficiência energética mais recentes que identificamos, foram elaborados pela Confederação Nacional da Indústria e datam de 2010. O potencial total de economia no setor industrial é de 17.271 GWh, o que representa uma economia de cerca de R$ 4 bilhões (ABESCO, 2014). Abaixo dados elaborados pela Confederação Nacional da Indústria, contendo os investimentos em eficiência energética por região brasileira.

Região
Projetos
Demanda evitada
kW
Energia economizada
(GWh/ano)
Investimento
(1.000 R$)
Sul
45
4.681
26
6.355
Sudeste
141
67.598
367
107.598
Nordeste
17
12.002
103
16.681
Centro-Oeste
8
2.006
126
29.358
Norte

6

687

2

1.038

Total
217
86.975
626
161.000

     
Segundo o mesmo levantamento, os setores industrias em que até o momento foram feitos os maiores investimentos em eficiência energética são os que constam da tabela abaixo.

Segmento
Projetos
Custo de energia conservada
(R$/MWh)
Custo médio por projeto
(R$)
Alimentos e bebidas
35
73
361.158
Automotivo
9
109
633.365
Cerâmico
28
151
50.781
Couro
9
89
123.413
Fundição
12
319
46.657
Metalurgia
14
60
428.810
Mineração - Metálicos
5
106
246.648
Outros
44
61
953.116

Papel e Celulose



9


74


257.637


Químico


22


59


1.029.730

Siderurgia



12

55


4.888.238

Têxtil
12
103
325.380
Fonte: CNI 2010


A pesquisa do CNI constatou que os setores industriais nos quais foram feitos os maiores investimentos, foram:

Áreas de investimento e economia de eletricidade
Área     Custo médio de energia conservada (R$/MW/h)
Cogeração/Recuperação de calor                                113
Ar comprimido                                                               108
Inversor                                                                           96
Fornos/Caldeiras/Estufas                                                95
Iluminação                                                                       89
Correção de fator de potência                                         72
Motor                                                                               63
Refrig. frigorífica                                                              53
Bombas                                                                           47
Gerenciamento/Automação                                            39
Fonte: CNI 2010

A partir destes dados é possível determinar um tendência de investimentos futuros, seja por região, ramo industrial e setor industrial. No entanto, um efetivo desenvolvimento do setor só deverá ocorrer quando a economia voltar a crescer, aumentando a demanda por produtos e serviços. Nesse ínterim, no entanto, existem empresas que estão modernizando parte de seu processo de produção, a fim de estarem preparadas para retomada da economia. Esta substituição ou atualização de equipamentos e processos muitas vezes traz tecnologia energeticamente mais eficiente.


Apesar das iniciativas das associações de classe (CNI, SENAI, entre outros), de órgãos do governo (ANEEL, EPE) e da ABESCO (associação que representa as empresas de engenharia e consultoria que atuam na área da eficiência energética), ainda há muito por fazer para que o setor deslanche. Uma das maiores barreiras, no entanto, é a mentalidade que continua presente na maior parte do governo e do setor privado, de que para crescer o país precisa aumentar o consumo de eletricidade e outras energias. Enquanto isso, economias altamente industrializadas como as do Japão e da Alemanha, seguem reduzindo o consumo de energia por unidade produzida.
(Imagens: fotografias de portas em Iguape, SP por Ricardo E. Rose)